domingo, 5 de junho de 2011

Escola Comportamentalista

Introdução

Também denominada Novas Relações Humanas, a Escola Comportamentalista estabelece criticas a teoria Clássica e a rigidez existente na Burocracia.
Valoriza o comportamento do individuo, e a sua facilidade de se adaptar às diferentes situações durante a execução do trabalho.

A Teoria de Lewin
Estuda pequenos grupos enfatizando a coesão grupal, padrões grupais, motivação, participação, processo decisório, produtividade, tensões, estilos de lideranças e etc. sendo esses grupos compostos com um número restrito de pessoas
Os fatores que determinam a formação de grupos se apóiam na idéia de consenso interpessoal.Veja os seguintes determinantes:

1.      Interação: relacionamento com outras pessoas;
2.      Localização: proximidade necessária para as pessoas se interagirem;
3.      Interesse comum: força motivadora;
4.      Tamanho: quantidade de pessoas que possibilitam a interação e estabilidade;
5.      Comunicação: processos de informação fundamentais;

A Motivação Humana

É o direcionamento, é a persistência  numa ação, é o motivo que gera uma ação.
Em 1982, Mitchell definiu algumas características básicas do processo de motivação, sendo ela caracterizada por:
1.      ser definida como um fenômeno individual: deve ser definida pelo gestor em relação ao individuo, sem uma regra geral;
2.      ser intencional: o gestor deve exercer essa motivação de forma sistemática e diária;
3.      ser multifacetada: baseada no estimulo e na escolha do comportamento;
4.      ser propositada em predizer o comportamento: a motivação são as forças internas associadas às externas que influenciam as ações de um individuo.


Motivações Intrínsecas e extrínsecas


As motivações intrínsecas são recompensas psicológicas, recebimento de um reconhecimento e ser tratado de uma maneira considerável. Já a motivação extrínseca são incentivos externos, recompensas tangíveis: como salários, benefícios, seguros de vida, promoções entre outros. A teoria motivacional é influenciada por várias teorias diferentes:
  1. Teoria de hierarquia de Maslow: necessidades fisiológicas, necessidades de segurança, necessidades de auto estima e necessidades de auto-realização;
  2. Teoria de ERC de Alderfer: necessidades de existência(E), necessidades de relacionamento(R), necessidades de crescimento(C);
  3. Teoria de Dois Fatores de Herzberg: fatores higiênicos, fatores motivadores;
  4. Teoria da Realização de McClelland: necessidade de realização, necessidade de afiliação, necessidade de poder;

E a teoria de processos é influenciada por:
  1. Teoria de expectação de Vroom: valência, expectativa e instrumentalidade.
  2. Teoria de equidade de Stacy Adams: concentra-se no sentimento do individuo.


Teoria X e Teoria Y:

Tendo como maior colaborador McGregor, se baseava na idéia de que “toda decisão administrativa tem conseqüências sobre o comportamento dos indivíduos...”
Definiu que a Teoria X é tradicional, mecanicista, pragmáticas e apresenta as seguintes pressuposições:
  1. os indivíduos comum são preguiçosos e indolentes;
  2. os indivíduos não tem o desejo de responsabilidade;
  3. os indivíduos tem pouca capacidade de criatividade
  4. a motivação ocorre em níveis fisiológicos e de segurança;
  5. os indivíduos devem ser obrigados a seguir o objetivo organizacional.

Definiu também a Teoria Y. Dentro dessa teoria encontramos alguns fatores primordiais para a sua existência, são eles:
  1. Trabalho em condições favoráveis;
  2. Responsabilidade;
  3. Capacidade de criatividade;
  4. Motivação em níveis de necessidades sociais;
  5. As pessoas produzem mais desde que adequadamente motivadas;


Conclusão:

A Teoria X é baseada em um modelo mais incisivo e impessoal, aonde o individuo é taxado e avaliado como um todo. Já na Teoria Y cada caso é interpretado de forma mais individual, levando em conta fatores externos, incontroláveis (natureza, sociedade) e a responsabilidade do gestor é colocada a prova.


Com o filme Gladiador mostra que cada obstáculo que aparece vai crescendo uma motivação pessoal. Cada batalha vencida um reconhecimento e assim novos objetivos vão aparecendo para continua a luta.



 Fontes: Teorias da Adminsitração. SILVA, Reinaldo O. da, 2001

Teoria Relações Humanas

Introdução
 Os aspectos mais importantes se concentram no homem e seu grupo social sendo contraria as teorias anteriores. Foi um movimento para sensibilizar gerentes e fazerem crer nas necessidades especificas de cada indivíduo sejam atendidas.

 Os estudos de Hawthorne

 Foram desenvolvidos por Elton Mayo, psicólogo Australiano, e principal expoente da Teoria das Relações Humanas. Revelou por meio de quatro estudos entre 1923 e 1944: 

1. Primeira Fase: Estudo da Iluminação: realizado no inicio do século XX, este estudo viu em três momentos diferentes, que a iluminação alterava a produção dos colaboradores. No PRIMEIRO momento perceberam que quando a iluminação é maior a produção também aumenta, porem esse aumento não se dá de forma direta, ou seja, não necessariamente ao aumentar mais ainda a iluminação a produtividade também aumentará. No SEGUNDO momento conseguiram observar que as variações de luminosidade durante o dia de trabalho, não influenciava diretamente o produto final. No TERCEIRO estágio, descobriram que se as alterações na luminosidade forem controladas, e gradativas, o aumento da produção segue o mesmo fluxo, porém mesmo com a queda da luminosidade até o ápice ser atingido, a produtividade se mantém a mesma. CONCLUSÃO: a luz é uma incentivadora do aumento da produção, mas ele não age mantendo esse aumento de produção;

 2. Segunda Fase: Sala de Montagem de Relés: Separado da força de produção, um grupo foi selecionado, e supervisionado por outro funcionário mais experiente. O experimento consistiu em testar em varias fases os efeitos caudados por pausas controladas, diminuição da carga horária, plano de remuneração e mudança nos métodos de supervisão. CONCLUSÃO: o aumento de intervalos de maneira moderada aumentou a produtividade, a diminuição de um dia na semana de trabalho também resultou efeito favorável, a ampliação do plano de carreira e remuneração e também a, mudança na forma como os gestores agiam geraram conforto e melhor aceitação dos colaboradores, gerando redução da fadiga nos colaboradores estudados. Porém todos esses métodos de incentivo em excesso geram efeito contrario;

 3. Terceira Fase: Programa de Entrevistas: Consiste em um programa de entrevistas, com funcionários de uma grande empresa, pois nos estudos anteriores foi detectado que mudando-se a forma de gerenciar, aumenta-se a produtividade. No final desse estudo, foram descobertos os seguintes aspectos: comportamentos exagerados, liderança informal, preocupações fúteis, insatisfação aos pagamentos, práticas não-formais de punição e produção controlada definida pelos próprios operários (que não produziam o máximo).CONCLUSÃO: foi um estudo polêmico, pois gerou conflito e não gerou tantos resultados confiáveis quanto os seus anteriores;

4. Quarta Fase: Sala de Montagem de Terminais: Separado do resto de produção, um grupo foi selecionado, e colocado em uma sala para q seu trabalho na linha de produção fosse determinado mais corretamente. Foi percebido que uma consciência coletiva foi criada, gerando assim um subgrupo. Todo novo integrante nesse subgrupo reagia de forma às leis informais criadas por ele. Sendo o pagamento feito sobre a produção, os funcionários menos produtivos, seriam demitidos caso algum deles se destacasse e vendesse mais que a cota. Outro detalhe também era que o pagamento aumentava juntamente com a produção do grupo todo. CONCLUSÃO: não adiantaria aumentar os salários, forçando os funcionários a produzir mais, pois a sociedade informal criada por eles não permitiria aumento de produção por incentivo de pagamentos maiores comissionados. O que eles realmente queriam era uma maior segurança e melhores condições de trabalho, e uma separação do coletivo para o individual.

Conclusão

A experiência de Hawthorne conclui alguns aspectos, entre eles:

  1. A motivação dos empregados não era só exercida por fatores externos, havia fatores também psicológicos;
  2. Pausas no trabalho aumentam a produtividade apenas quando estão associadas com outros aspectos;
  3. Relacionamento social e a supervisão também influenciam no aumento da produção;
  4. O surgimento de lideres não-voluntáios era comum em grupos de trabalhos.
  5. A satisfação ou a insatisfação influenciam na execução das tarefas;
  6. Os grupos informais influenciavam mais do que as determinações da organização;
  7. Influenciado pelo social, o individuo exerce sua função de acordo com o senso comum.



Fonte de pesquisa: Teorias da administração, SILVA Reinaldo O. da , 2001


Teoria Burocrática

Introdução

Originou-se na Europa no início do século XX, e veio como complemento às teorias anteriores, enfatizando as leis, os métodos bem definidos, as normas organizacionais, a impessoalidade.

A Burocracia de Weber

A burocracia ideal foi redigida por Weber segundo uma base do modelo clássico, porem em uma vertente mais rígida. Os estudo de Weber procuravam estabelecer estrutura, estabilidade e ordem as organizações por hierarquia definida por regras sistemáticas. Foi criada para oferecer um meio mais eficiente de exercer o trabalho.

Características da Burocracia:
  1. Divisão do Trabalho: cada posição tem claramente definida as responsabilidades e a delegação e autoridade competentes;
  2. Hierarquia de Autoridade: cada posição na hierarquia organizacional tem responsabilidade e deveres bem como privilégios;
  3. Racionalidade: divisão do trabalho de força racional, baseada nas qualidades técnicas do individuo, as promoções são baseadas no sistema da meritocracia, acentuando assim ainda mais o individualismo;
  4. Regras e Padrões: as decisões são norteadas por regra, disciplina e controle, esta conduta se aplica tanto aos indivíduos quanto aos clientes;
  5. Compromisso Profissional: o administrador tem o compromisso de fazer a empresa crescer, mas não se dedica além do seu horário, nem faz disso uma meta pessoal;
  6. Registros Escritos: são elaborados para detalhamento das transações da organização, de maneira formal e impessoal;
  7. Impessoalidade: as regras e os procedimentos são aplicados de modo uniforme e imparcial.


Teoria da autoridade

É o sistema de controle social, definindo autoridade com confronto entre poder e persuasão:

  1. Poder: e a probabilidade do individuo executar sua vontade apesar das resistências opostas. É definido mediante a ameaças, manipulações e coações para obter o controle da situação;
  2. Persuasão: capacidade do individuo influenciar, mediante ação, lógica, argumentação, a decisão de outros.
  3. Para Weber, a essência da autoridade e que as ordens e decisões são obedecidas voluntariamente, porque as fontes de onde elas emanam são consideradas legitimas. Autoridade repousa no cargo e não na pessoa que o ocupa.

Tipos de autoridade:

  1. Tradicional: resultante de uma ordem social baseada na tradição cultural, na herança, tipo de autoridade presente nas tribos, clãs, famílias;
  2. Carismática: tipo de autoridade resultante de uma admiração direcionada ao líder, definida pelas características deste líder. Comum em seitas, e grupos religiosos;
  3. Racional: baseado na meritocracia com traços impessoais, técnicos e racionais. Comum no exercito e na administração pública.

As funções da burocracia

São elas:

  1. Especialização: objetiva o crescimento da produtividade, gerando indiretamente o crescimento profissional do indivíduo;
  2. Estrutura: objetiva dar forma à organização e gerar um relacionamento lógico de atividades;
  3. Previsibilidade: objetiva a estabilidade por meio de regras e estruturação;
  4. Racionalidade: estabelece julgamento de acordo com o objetivo conforme as regras erais, sem levar em conta o indivíduo em si;
  5. Democracia: objetiva estabelecer a eqüidade entre os indivíduos para uma disputa mais justa em busca do profissional.

Criticas á Burocracia

As criticas se baseiam no fato de que teorizar é diferente de colocar em pratica, adaptação dos métodos burocráticos e difícil e as rápidas mudanças no modo de agir dos colaboradores e difícil de ser aplicada.
O excesso de regras e procedimentos, o boicote da pro atividade e da iniciativa, a demora nas resoluções de problemas, excesso de papelada, as relações impessoais são as principais criticas sofridas por esse modelo.



Reportagem do Jornal Hoje fala pouco sobre a Burocracia no Brasil.


Fonte de pesquisa: teorias da administração, SILVA  Reinaldo o. da , 2001

Teoria Clássica

Introdução

É um estudo que explica o desenvolvimento da administração e analisa suas forças e fraquezas, se caracteriza pela estrutura organizacional e busca o máximo pela eficiência.

Henri Fayol

Nascido em 1841, na França, Fayol se destacou como principal expoente da administração em sua época, desenvolvendo premissas estudadas até hoje. Na metade do século XIX, Fayol era apenas um engenheiro, mas mesmo  desenvolvendo uma função relativamente simples, destacou-se e foi sendo promovido. Passou de gerente de minas a diretor-geral da empresa em que trabalhou a vida inteira. Na própria definição de Fayol, essa teoria é composta de “uma coleção de princípios, regras, métodos e procedimentos testados e verificados por experiência geral”. Ele observou que grande parte dos administradores teorizava, mas na prática existiam muitas contradições e poucas reflexões sistemáticas. Reforçou ainda que a administração teria de ser aplicada em qualquer área: comercial, industrial, política, militar e etc.

Com base em suas pesquisas, Fayol ajudou a criar métodos de estudo administrativos, pois acreditava que a administração não deveria ser uma ferramenta empírica, e sim um processo cientifico baseado em dados e não apenas no que foi aprendido ao longo da vida.
Qualidades básicas do gestor segundo Fayol:
  1. Qualidades Físicas: saúde, vigor;
  2. Qualidades Mentais: facilidade em aprender e ensinar, e adaptabilidade;
  3. Qualidades Morais: dignidade, lealdade e responsabilidade;
  4. Educação Geral: conhecimentos gerais, não apenas específicos naquilo que exerce;
  5. Conhecimento Especial: apesar de ser conhecedor de varias áreas, ser especialista e grande conhecedor (técnico, teórico e/ou prático) da área em que atua;
  6. Experiência: conhecer, por experiência e vivência associadas à uma formação cadêmica, funções dentro do ambiente empresarial.

Atividades e Funções exercidas pelo Gestor:

Fayol definiu que as atividades de um gestor nas empresas deveriam ser divididas. São elas:

  1. Atividade Técnica: produção e transformação de produtos e serviços;
  2. Atividade Comercial: compra, venda e permuta;
  3. Atividade Financeira: captação e bom uso do capital;
  4. Atividade de Segurança: prevenção e proteção dos bens e das pessoas;
  5. Atividade Contábil: relacionado com o controle e registro das organizações;
  6. Atividade Administrativa: relacionadas com a integração de toas as operações da organização, as atividades administrativas coordenam e sincronizam as atividades interiores, tendo portanto influência/interferência sobre elas.
 Dentro das Atividades Administrativas, dividem-se funções específicas. Sendo:

    1. Previsão: planejamento;
    2. Organização: disponibilizar recursos e materiais para exercer o plano desenvolvido na previsão
    3. Comando: orientação para os colaboradores afim de atingir o objetivo;
    4. Coordenação: harmonia entre comando e comandado, organização e execução;
    5. Controle: verificação e correção para que a execução esteja de acordo com o planejado e sob as regras estabelecidas no controle.
Os 14 princípios da administração segundo Fayol:


  1. Divisão de Trabalho: é a especialização de um grupo no trabalho para melhor utilizar os recursos humanos disponíveis;
  2. Autoridade e Responsabilidade: a autoridade era para Fayol “o direito de dar ordens e poder para a exata obediência” e responsabilidade envolver ser confiável;
  3. Disciplina: é o esforço comum dos trabalhadores;
  4. Unidade de Comando: os trabalhadores recebem ordens de um “gerente”;
  5. Unidade de Direção: é o foco em um único objetivo organizacional;
  6. Subordinação do Interesse Individual ao Interesse Geral: é a prevalência do interesse da organização como um todo sobre o interesse de cada componente da mesma;
  7. Remuneração do Pessoal: pagamento justo com recompensas por desempenho financeiras ou não;
  8. Centralização: é a “diminuição da importância do papel do subordinado” segundo Fayol;
  9. Cadeia Escalar: divisão hierárquica, instigando a administração até nos níveis mais baixos, mesmo que esses se reportem aos superiores;
  10. Ordem: um lugar pra cada coisa, cada coisa em seu lugar.
  11. Eqüidade: igualdade entre as pessoas;
  12. Estabilidade do Pessoal no Cargo: evita custos adicionais com processos de seleção, e motiva os funcionários a trabalhar melhor;
  13. Iniciativa: os gestores deveriam encorajar a iniciativa do colaborado;
  14. Espírito de Equipe: novamente o gestor deve incentivar a harmonia e a busca do objetivo comum

 Esse video mostra como funciona linha de montagem em Fabrica nos dias atuais.