terça-feira, 31 de maio de 2011

A Evolução do Pensamento Administrativo

A Administração das Civilizações Antigas

A administração é encontrada em todos os povos, de todos os tempos. Todos os grandes líderes da História foram administradores em seus países, explorações, guerras e gerindo os esforços de outros homens.
Por exemplo, na Suméria se encontra alguns dos documentos mais antigos, de 5000 anos atrás, que constitui práticas de controle administrativo. 

No Egito encontramos grande prova de que o conceito de administração não se originou no século XX, com a construção da pirâmide Quéops, que envolveu o trabalho de mais de 100.000 homens, em 20 anos, utilizando 2.300.000 blocos, onde cada um peava 2,5 toneladas.

A Babilônia, no reinado de Hamurabi as cidades mantiveram a paz e criaram leis para: propriedade pessoal, rural, comércio, negócios, família e trabalho. Estas leis formaram o Código de Hamurabi, que era um pensamento administrativo que vigorou de 2000 a 1700 a.C.   Outro código com pensamentos administrativos da Babilônia é o Código Acadiano de Eshnunna com seus controles de preços e penalidades criminais.
Na China, documentos antigos de Chow  e Mecius indicam Princípios relacionados ao planejamento, organização, direção e controle. Na China também, enfatizou-se a especialização, o ofício era hereditário. Por meio de exames, ocorria seleção científica de trabalhadores para cargos administrativos.
Foi na Grécia que se desenvolveu o governo democrático e método científico.
Com talentos administrativos, os romanos controlaram 50 milhões de pessoas abrangendo um território que se estendia da Grã-Bretanha até a Síria incluindo parte da Europa e o norte da África.
            Moisés foi um líder hebreu e administrador com habilidades de governo, legislação e relações humanas. 

As Primeiras Contribuições Militares

            Ciro, líder militar e governante grego de a. C. possuía pensamento estratégico e de planejamento. Era consciente de especificidade na atribuição de trabalhos e na clareza de instruções. Reconheceu o valor das boas relações humanas com o pessoal, a necessidade de ordem, colocação e uniformidade das ações, necessidade do trabalho em equipe, coordenação e unidade de propósito em sua organização. Foi um dos primeiros a praticar o registro do estudo de movimentos, de layout e manipulação de materiais. Ciro conhecia também os princípios da divisão do trabalho, unidade de direção e ordem, deixando evidente que sabia administrar um exército e país.
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A Igreja Católica

            A Igreja Católica é a organização formal mais antiga que se tem notícia. Foi uma herança do Império Romano. Enquanto a fé cristã se espalhava, novas seitas cresciam e surgiam os primeiros indícios de uma teologia jovem diferente. Os líderes reconheciam a necessidade de definição de objetivos, doutrina, conduta cristã e condições para se tornar membro. Resultando em uma grande organização religiosa e uma fonte centralizada de autoridade no Papa.
            Essa organização sofreu com o tempo a luta pela descentralização do poder, originando as igrejas Ocidental e Ortodoxa e mais tarde a Reforma Protestante.

A Administração Medieval

Arsenal de Veneza

            No século XV, Veneza era uma cidade florescente com frota marcante privada. Para fins de defesa, a cidade abriu seu próprio estaleiro, o Arsenal, que era provavelmente a maior instalação industrial do mundo, empregando quase 2000 trabalhadores e cobrindo mais de sessenta acres de terra e água. O propósito do arsenal era: fabricar e montar galeras de guerra, armas e equipamentos; armazenar materiais até a sua utilização; concertar e reequipar navios já manufaturados. Desenvolveram e empregaram uma série de técnicas administrativas que ainda estão em uso atualmente, estas técnicas incluíam Linha de montagem, treinamento de pessoal e sistema de recompensa, RH, padronização, controle contábil, de estoques, de custos e de armazéns. 

Sistema Feudal

No sistema feudal, o rei possuía toda a terra e a dividia parte dela com os nobres, que eram os senhores feudais, em troca de apoio militar e financeiro. Os senhores feudais, por sua vez, permitiam que pessoas de classes inferiores trabalhassem em algumas de suas terras em troca de parte da colheita ou impostos. Não havia mobilidade social, os nobres nunca seriam reis, assim como os servos, nobres. As pessoas nasciam em seus empregos, era hereditário. Essa ausência de mobilidade inspirava pouca motivação individual e falta de interesse dos participantes em fazer a organização funcionar.

Sistema Fabril

                Os servos começaram a aprender atividades em vários ofícios e artesãos. Alguns deles eram capazes de comprar e estabelecer sua liberdade do senhor feudal. Estes artesãos podiam ir para as cidades trabalhar e cobrar por seus serviços. Alguns artesãos começaram a contratar ajudantes e logo se desenvolveu uma organização estruturada, o sistema de ofícios. Os donos das lojas eram os mestres, os que já haviam concluído o aprendizado, mas ainda trabalhavam para os outros, eram considerados jornaleiros e os que aprendiam ara ser jornaleiros, eram os aprendizes.
                Os mestres logo começaram a procurar alguma proteção para si mesmo e para as suas posições vantajosas. Organizaram então poderosas guildas ( Associação de mutualidade formada entre as corporações de mestres, jornaleiros e artesãos). Pouco tempo depois as guildas começaram sofrer declínio. Por causa de três motivos: primeiro, o transporte e comercia fizeram com que os bens fossem comprados em outros locais; segundo, o inicio do uso da energia elétrica e a necessidade de maquinaria mecanizada elevaram as exigências de capital e o terceiro motivo foi que as máquinas criaram novos empregos e novas divisões do trabalho, levando a novas guildas e enfraquecendo as antigas. Estes fatores possibilitaram a mobilidade ascendente de jornaleiros e aprendizes e propiciando a indústria manufatureira.
                A transição de manufatura entre o artesanato e sistemas fabris foi o sistema de indústria caseiro. Em concorrência com o sistema de indústria caseira, sistema fabril começou a tomar forma, considerando a Revolução Industrial e o progresso tecnológico que a define forneceu o meio para uma escala de produção gigantesca.

A Revolução Industrial


Pioneiros dos Estudos da Administração

Adam Smith (1723-1790): Divisão do Trabalho e o controle (A Riqueza das Nações).
Robert Owen (1771-1858): Problemas humanos da industrialização (monitor silencioso).
Charles Babbage (1792-1871): “Máquina de diferença” (1822); “motor analítico” (1833); pesquisa operacional; relação trabalhador x dono da fábrica (participação nos lucros e programas de melhorias).
Daniel McCallum (1815-1878): Administração de ferrovias (superintendente geral).
Henry Poor (1812-1905): sistema (antes de Taylor); reconhecimento (antes de Mayo); liderança (antes de Argyris).

               É de grande importância o estudo da Evolução do Pensamento Administrativo para que possamos compreender que a administração, embora sendo uma profissão relativamente atual, teve marcos na historia de milhares de anos atrás, e com o tempo foi se aperfeiçoando.
                Foi colocado o vídeo da Revolução Industrial no blog pois, explica de um forma objetiva e resumida a ocorrência dessa revolução.

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